
Era uma vez um homem que caminhava, ao pôr-do-sol, numa praia deserta. À medida que avançava, começou a avistar outro homem à distância. Ao aproximar-se, notou que ele se inclinava, apanhava algo e atirava para a água. Repetidamente, continuava. Inclinava-se, apanhava algo e atirava para a água. Aproximando-se ainda mais, o homem, notou que o outro estava a apanhar estrelas-do-mar que tinham sido arrastadas para a praia pela força das marés e, uma de cada vez, lançava-as de volta à água. O homem ficou intrigado. Aproximou-se e disse:
— Boa tarde, amigo. Estava a tentar adivinhar o que é que está a fazer.
— Estou a devolver estas estrelas-do-mar ao oceano. Sabe, a maré está baixa e todas as estrelas-do-mar foram arrastadas para a praia. Se eu não as lançar de volta ao mar, a sua casa, elas morrerão por falta de oxigénio - respondeu o Homem.
— Já entendo! - respondeu o outro. Mas deve haver milhares de estrelas-do-mar nesta praia! Provavelmente não será capaz de as apanhar a todas. É que são muitas, simplesmente. E além do mais, isso está a acontecer em centenas de praias acima e abaixo desta! Não está a ver que não vai fazer qualquer diferença?
O outro sorriu, curvou-se, apanhou uma outra estrela-do-mar e, ao arremessá-la de volta ao mar, replicou:
- Olhe, fez diferença para esta que acabei agora de atirar.

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